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Magia Tântrica no Antigo Egito

Os ensinamentos tântricos transcendem todas as culturas e nacionalidades. São ensinamentos atemporais e não focam apenas nas técnicas sexuais. Os antigos sacerdotes egípcios tinham conhecimento de métodos tântricos que os tornaram famosos como grandes taumaturgos (“fazedores de milagres”). Um deles, e talvez o mais famoso, envolve a evocação de Espíritos Planetários (divindades regentes, específicas de um planeta, que alcançaram certo grau evolutivo) para “animar” uma Imagem Talismânica na tentativa de criação de Terafins (imagens talhadas e dedicadas a Anjos que se transformam em estátuas animadas).


O Culto aos Terafins remonta a antiga Magia egípcia.

O tratado hermético conhecido como Asclépio ( século II a III d.C.) descreve os ritos e processos pelos quais os sacerdotes egípcios atraiam as forças do Cosmos para a estátua de seus deuses, animando-as desta forma e transformando-as em deuses vivos.

Eles construíam estátuas em pedra ou madeira que eram consagradas e dedicadas aos deuses/anjos, a fim de atrair a elas a presença de uma Inteligência Superior e servir a vontade humana de várias maneiras. Esta técnica é, provavelmente, o segredo mais precioso da Alta Magia que era procurada pelos filósofos gregos. Existiam estátuas vivas que induziam sonhos proféticos, faziam revelações oraculares, curavam doenças etc.


Mas qual é o modus operandi de se atrair a presença de um Espírito Planetário, uma Divindade, à Terra? Nos ritos teúrgicos acredita-se que uma imagem talismânica (pantáculo) reflete a presença sacramental do protótipo divino. Essa crença baseia-se no princípio platônico de que semelhante se associa naturalmente ao semelhante. Plotino constata que “é sempre fácil atrair a alma universal (...) construindo um objeto adequado para sofrer sua influência e receber a sua participação.


A representação ilustrada de uma coisa está sempre apta a sofrer a influência do seu modelo; é como um espelho capaz de apreender a sua aparência”. No Asclépio está escrito que nossos ancestrais foram “capazes de descobrir e reproduzir a natureza dos deuses (...) e inventaram a arte de fazer deuses. (...) Esses deuses terrestres, ou feitos pelo homem, resultam de uma composição de ervas, pedras e plantas aromáticas que em si contêm a virtude oculta da eficácia divina. E agradar-lhes com numerosos sacrifícios, hinos, cantares de louvor e doces concertos que lembram a harmonia do céu suave para que o elemento celestial, introduzido no ídolo pela repetida prática dos ritos celestiais, possa suportar alegremente sua longa estada entre os homens. Assim os homens fazem deuses.”


Texto de Frater Ketheriel

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