Cerimonial Alquímico das Sete Esferas
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O Cerimonial Alquímico das Sete Esferas refere-se a uma prática ritualística enraizada no hermetismo e outras tradições esotéricas, com foco na interação e compreensão das sete esferas planetárias (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno).
As sete esferas são símbolos apropriados para diferentes níveis de realidade ou consciência que existem além do mundo físico. São freqüentemente vistas como reinos espirituais ou fontes de influência que podem ser acessadas para crescimento pessoal, iluminação ou domínio da realidade.
Nessa tradição, de base astrológica, o Sol e a Lua são chamados de planetas por conta de sua “mudança de posição" visível ao longo do dia, sob a nossa perspectiva.
O Cerimonial Alquímico é, do ponto de vista litúrgico, uma sessão de Alta Magia onde se empregam forças sutis dirigidas a determinado ponto, segundo a vontade do sacerdote (mago). Através dele a Força Divina é verbalmente identificada, nomeada, e convocada com a finalidade manifestar sua presença invisível.
Os ritos e sacramentos desde cerimonial fundamentam-se em um sincretismo de elementos gnósticos, mitraicos e greco-egípcios presentes no "drama mítico da ascensão da alma” através das esferas planetárias, da Lua até Saturno e mesmo além, atingindo oitava esfera - a faixa das estrelas fixas, o "Primum Mobile". Este drama mítico é presente em várias tradições místicas e esotéricas, onde a alma, ao descer à existência terrena, passa por diferentes esferas, cada uma com suas características e provações, e ao retornar, ascende por essas mesmas esferas, purificando-se e evoluindo espiritualmente.
Na tradição ocultista às esferas planetárias tem relação com os chakras cósmicos do corpo de Adão Kadmon (o Homem Celeste), e encontram suas correspondências com os sete centros de energia do corpo (chakras) e com forças astrológicas, angélicas, daemônicas e elementais.
Os ritos e sacramentos, observados no Cerimonial Alquímico são os mesmos, com uma pequena variante, das antigas Religiões de Mistérios tal como dos Essênios, dos Egípcios, dos Druidas, dos Celtas, dos Eleusinos etc. Todos têm como objetivo elevar a alma, ajudar o Homem a recordar sua conexão com o Princípio Uno, sua Centelha Divina. Eles residem em sua capacidade de servir de instrumento para a canalização da Luz espiritual para certos fins desejados, geralmente a expansão da consciência daqueles que participam de sua cerimônia. É o uso da Força do Terceiro Logos (a Mãe Divina ou Espírito Santo) através dos Sete Raios da Criação, por sacerdotes qualificados, capazes de direcionar essa energia espiritual aos planos inferiores, geralmente certos chakras do corpo humano.
Aqui devemos salientar que embora as preces, invocações, sacramentos etc. sejam guiadas pelo sacerdote que preside o cerimonial, o êxito da comunicação com os Planos Superiores também depende dos demais participantes, no caso do rito coletivo.
O cerimonial alquímico não deve ser para nós, uma prática mecânica e descuidada, ao contrário, deve ser acompanhado de atos internos de entrega total as Forças Superiores. Seus participantes devem estar unidos na intenção de elevar suas consciências individuais à Consciência Universal, a íntima comunhão com o Todo, Mente Cósmica, princípio Uno, Grande Arquiteto, Deus ou como for que denominemos a esse Algo Superior. Através da invocação das energias magicamente polarizadas, pelo sacerdote e a sacerdotisa, cria-se um Campo Vibracional elevado, atraindo experiências mais harmoniosas e benéficas para a vida.
Teurgia Sacramental
O Cerimonial Alquímico deve ser oficializado por um sacerdote ordenado em Magia Sacerdotal ou Teurgia, a mesma em que eram iniciados ou ordenados os famosos Três Reis Magos das escrituras bíblicas que foram prestar homenagens ao Menino Deus recém-nascido, Jesus Cristo. A palavra: “Teurgia”, significa “Ação dos Deuses” ou ainda “Serviço Divino” sendo considerada pelos gregos um tipo mais elevado de Magia, realizada num contexto místico por filósofos e sacerdotes. A Filosofia Hermética formava a base teórica que fundamentava as práticas teúrgicas entre os neoplatônicos. Esta filosofia fundamentava-se num tipo de gnose emanacionista que buscava elevar o iniciado as alturas do Uno Transcendental pela escada da Natureza. Nessa ascensão as esferas celestiais o iniciado travava comunicação com aqueles poderes espirituais denominados “deuses”.
A própria palavra Magia tem caráter sagrado pois vem do grego Mageia, que se originou de um adjetivo magoi ou magus de origem Persa. Os magoi eram uma casta sacerdotal do antigo Império Persa, associados ao Zoroastrismo e com conhecimentos de astrologia e outras ciências. Eles eram vistos como homens sábios e exímios taumaturgos.
O cerimonial Alquímico das Sete Esferas preserva as mesmas bases das Religiões de Mistério da Antiguidade, utilizando elementos concretos e abstratos em sua liturgia.
(elementos concretos ou materiais)
Vestimenta
Altar
Espelho
Talismãs
Icônes
Água e Sal Lustral
Óleo Sagrado
Pantáculos
Velas
Cálice ou Taça
Bastão ou Cajado
Sino
Gongo
Pergaminho
(elementos abstratos ou imateriais)
Invocação
Evocação
Divinação
Banimento
Sacramentos
Exorcismo
Devoção
Comunhão
Execração
Mantemos um Calendário anual de celebrações ritualísticas, com simbologia própria, organizado de acordo com períodos cíclicos e de acordo com as estações do ano. Atividades, rituais e festividades em datas móveis, terão como ponto de partida a data de início de cada estação.
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