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O que é Kempo?

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    Admin
  • 23 de jul. de 2016
  • 5 min de leitura


Kempo ou Kenpo tanto faz, não importa a forma de grifar a palavra, é uma Arte Marcial japonesa que se escreve com dois ideogramas. O primeiro lê-se “Kem” e traduz-se por punho e nalguns casos, por boxe. O segundo ideograma pronuncia-se “pô”, e traduz-se por Lei, método ou via. O termo Kempo pode-se traduzir das seguintes formas: “Lei do Punho” ou “Via do Punho”. O sentido dos dois ideogramas juntos pode traduzir-se como método de combate, os japoneses se utilizam deste termo quando desejam se referir a todas as formas de luta oriundas da China. Assim como acontece com a grande maioria das artes marciais, determinar a origem exata e a data de criação desta arte é muito difícil. Sabe-se, porém, que o “método dos punhos” é uma tradução japonesa para a expressão chinesa “Chuan Fa” que conhecemos através da expressão coloquial “Kung Fú”. A evolução do termo Chuan Fa (Kung Fú) para o Kempo está prejudicada e é difícil determinar uma história detalhada. Entretanto uma coisa é certa: as técnicas do Kung Fu e seus ensinamentos filosóficos chegaram até as ilhas de Okinawa, o reino de Ryukyu, e também o Japão. Nestes lugares era citada como Kempo (lei do punho).

O Kempo ou Kenpo é fruto da miscigenação entre artes marciais chinesas e japonesas. O seu conteúdo técnico excede largamente o quadro das únicas técnicas de golpes ou percussões. O Kempo é considerado por muitos como a primeira arte marcial eclética (isto é composta de várias outras artes marciais), e tem raízes que remontam a 520 a.C durante a dinastia Chou.

O Kempo apresenta-se nos dias de hoje como um sistema completo e independente e que a exemplo de outras artes marciais incorpora diferentes estilos ou escolas. A sua variedade técnica engloba todos os aspectos possíveis da prática. É verdade que o Kempo prioriza é a eficácia imediata em combate real. Entretanto, o Kempo é uma arte marcial que reúne em si um conjunto de várias técnicas marciais e estimula todos os praticantes a procurarem a paz e o equilíbrio interior, o que desenvolve no praticante uma perfeita harmonia entre a sua mente, corpo e espírito.

História do Kempo

Consta de que já no séc.VI d.c., monges budistas chegaram ao Japão levando a arte de Shaolim com eles; e é suposto que desde então a transmissão de técnicas marciais nunca mais se deixou de realizar ao longo da história, quer através de imigrantes chineses, quer através de cidadãos japoneses ou habitantes de Okinawa que viajavam à China e ali aprenderam artes marcias. Desta maneira as disciplinas chinesas influenciaram, enriqueceram os autóctones do Japão contribuindo à formação, ao longo do tempo, do atual e complexo panorama do Budô Japonês.

Deve-se destacar que a partir do séc.XVIII, muitos homens da ilha de Okinawa estudaram artes marciais chinesas e fundaram as bases dos atuais sistemas de Karate.

Existem registros de inúmeras viagens que os japoneses e os habitantes da ilha de Okinawa faziam à China para aprender a famosa arte do Chuan Fa. Algumas pessoas chegavam a desaparecer por muitos anos, sendo mesmo, reputadas mortas por suas famílias, reaparecendo como um mestres do Kempo e outras artes marciais. Um destes homens foi Sakugawa. Sakugawa que viveu em uma vila em Shuri na ilha de Okinawa e viajou para a China, durante o século XVIII, para aprender os segredos dos mestres do Chuan Fa. Por muitos anos Sakugawa não foi visto, e muitos acreditavam que tinha morrido em suas jornadas, mas após muito tempo ele retornou, para grande espanto de seus parentes.

Muitos desses mestres pioneiros usaram inicialmente o nome de Kempo quando foram ensinar as artes que aprenderam na China. Assim, por exemplo, o Grande Mestre Choki Motubu, denominou-se inicialmente a sua escola de Karatê Kempo, e da mesma maneira o Fundador do Karatê Goju Ryu, Chojun Miagi, chamou Kenpo Karatê à sua escola (ryu). Ainda hoje existem estilos em Okinawa que possuem a sua antiga denominação (Kempo), ainda que na sua concepção o aproxime mais do Karatê moderno. Muitos estilos que aparentemente não têm nada em comum, apenas todos vão buscar os seus conhecimentos ao ideograma "Ken-po".

Conclusão:

O termo Kenpo/Kempo não faz referência a nenhum estilo em especial, mas sim a qualquer forma de combate de origem chinesa estabelecida no Japão e aos seus descendentes. Muitos historiadores pensam que inclusive algumas escolas de Artes Marciais tão tradicionalmente assentadas no Japão, como o Ju-Jitsu, têm as suas origens no Kempo, isto é em técnicas chinesas, ou pelo menos foram influenciadas por aquelas que ainda não têm a palavra Kempo no seu nome. O principal precursor desta influência é o popular Chen Yuan Pin, que viveu no Japão no séc.XVII e deu origem a três escolas de Ju-Jitsu: a Fukono Ryu de Fukono de Mazakatsu, a Isogai Ryu de Isogai Yoshiroemon, e a Miura Ryu de Miura Yoshitatsu.

Atualmente existem inúmeros estilos de Kempo. Com nomes diferentes ou não, todos os estilos têm no fundo os mesmos princípios – trata-se de uma combinação de disciplinas japonesas e chinesas que visam, principalmente, a defesa pessoal e não apenas a competição ou esporte. Algumas das artes que utilizam o termo Kenpo no seu nome: Kenpo Ju-jitsu, Kosho Shorei Ryu Kenpo. Karaho Kenpo, Shaolim Kenpo, Kenpo Karate, KajuKenbo, Sampai Kenpo, Kenpo Fu Shi, KenKabo, Fudo Zen, Byakuren Kenpo, Tao Dokai Kempo, Shorinji Kempo, Butosan Kenpo, Okinawa Kenpo Karate, Combat Bushidô Kempo, Ninpo Kempo etc


Shintai Ryu Kempo é estilo (Ryu) de Arte Marcial com ênfase na defesa pessoal e não no esporte ou competição. Essa arte foi desenvolvida pelo Shihan (Mestre instrutor) Helio Monteiro que defende os valores tradicionais das artes marciais, tais como o uso de respeito e protocolo para desenvolvimento de seus alunos.

Depois de aprender o básico os alunos passam a empregar uma variedade de técnicas experimentadas, testadas e confiáveis de autodefesa. Elas incluem bloqueios, esquivas, socos, chutes, torções, chaves, projeções e imobilizações de grande eficiência.

A base técnica do Shintai Ryu Kempo incorpora elementos de quatro escolas de artes marciais: Karatê, Aikidô, Judô e Boxe Chinês (Kung Fu). O programa de treino ainda incluiu treinamento em aspectos do Kobudô (armamento) e Yoga Japonesa, chamada Shin-Toitsu-Do.

No uso de armamento são utilizadas a espada (katana), adaga (sai), bastões conectados (nunchaku) e bastão de madeira (bo).

Uma grande parte das técnicas do Shintai Ryu Kempo é composta de Atemi-waza (golpes traumáticos aplicados nos pontos vitais) através de combinações de golpes rápidos e diferentes que incluem socos (seiken) de diferentes tipos, batidas/cuteladas da mão (shuto, teisho) e chutes (Keri waza), tanto acima como abaixo da cintura.

Apesar da ênfase em técnicas Atemi-waza (cerca de 60%) o sistema inclui diversas técnicas de imobilização (controle) do oponente (Katame waza ) além de projeções e arremessos (Nage Waza ). Em geral as técnicas controle e imobilização são técnicas secundárias e mais usadas para “finalizar” uma sequência de atemis (soco, golpe e chute).

Os princípios japoneses do duro (Go) e suave (Ju) estão sempre presente em suas técnicas e katas, sendo uma variação dos princípios Yin e Yang das artes marciais chinesas.

O aluno aprende o uso correto adaptar-se ao oponente fluindo de um bloqueio ou esquiva para diversos golpes finalizando com uma chave ou projeção/imobilização, tudo com grande velocidade e economia de movimentos.

No Shintai Ryu Kempo o kempoísta (praticante de kempo) deve aprender a dominar as cinco distâncias/alcances do combate:

1) de chute; 2) de soco; 3) de travamento; 4) de luta corporal; 5) de chão.

 
 
 

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